Zika vírus. Uma epidemia anunciada.
Aedes Aegypri
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Estamos
vivendo uma epidemia de Zika vírus, que já era anunciada há muito. Epidemia
essa que pode se alastrar pelo continente americano e quem sabe pelo mundo
transformando-se em uma pandemia.
Há anos fala-se em erradicar o Aedes
Aegypti, mosquito que além do Zika vírus, transmite também o Dengue e a Febre
Chikungunya.
Vamos falar sobre o Zika, seus sintomas e
riscos.
O Zika
vírus não é contagioso, não passa de uma pessoa para outra. A única forma de
pegar esta doença é sendo picado pelo mosquito contaminado. Caso um mosquito
que não tem o Zika vírus picar uma pessoa que está com Zika, esse mosquito fica
contaminado e começa a passar a doença para outras pessoas através de sua
picada.
Vamos conhecer um pouco dos sintomas do Zika vírus.
Zika vírus,
sintomas
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O
Zika vírus é muito parecido com a Dengue, porem, mais fraco e por isso, os
sintomas são mais leves e desaparecem entre 4 a 7 dias. Inicialmente, os
sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe. É importante ir ao médico
para confirmar se realmente está com Zika vírus para ter um controle maior
sobre a epidemia.
Os
sintomas do Zika vírus, que normalmente surgem 10 dias após a picada são:
Febre,
entre 37,8°C e 38,5°C.
Dor nas
articulações, principalmente das mãos e pés.
Dores
musculares.
Dor de
cabeça, que se localiza principalmente atrás dos olhos.
Conjuntivite,
que é uma inflamação do olho e que provoca cor avermelhada dos olhos, sensação
de picada que leva a lacrimejar, inchaço das pálpebras e secreção amarela.
Zika vírus,
sintomas
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Hipersensibilidade
nos olhos, e maior sensibilidade à luz do dia.
Manchas
vermelhas na pele, iniciando na face e que podem espalhar pelo corpo. Podem ser
confundidas com sarampo.
Zika vírus,
sintomas
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Cansaço
físico e mental.
Além
destes sintomas, também se pode observar, com menos frequência, problemas
digestivos, como dor no abdômen, náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de
ventre, aftas e coceira pelo corpo.
O
vírus pode passar de mãe para filho durante a gravidez provocando uma grave
doença chamada microcefalia, mas também existe a suspeita, de que o Zika possa
ser transmitido através do leite materno, fazendo com que o bebê desenvolva os
sintomas de Zika e também através do contato íntimo sem camisinha, mas estas hipóteses
não estão confirmadas e parecem ser muito raras.
Se
estiver grávida ou amamentando fale com o médico e siga todas as suas
orientações.
Tratamento para o Zika vírus
Muito
semelhante ao da dengue, no tratamento do Zika vírus, o médico pode indicar:
Remédios
para dor e febre, como Paracetamol ou Dipirona, de 8 em 8 horas.
Anti-inflamatórios,
como Ibuprofeno, de 8 em 8 horas, para diminuir as dores nas articulações e nos
músculos.
Aplicar
um colírio nos olhos 3 a 6 vezes ao dia, como os lubrificantes.
Usar
remédios antialérgicos, como Loratadina, Cetirizina ou Hidroxizina.
Além
dos remédios, é importante descansar durante 7 dias e fazer uma alimentação
rica em vitaminas e minerais, além de beber muita água, para se recuperar mais
rápido.
No
caso de bebês pode ser um pouco mais complicado identificar os sintomas. Fique
bem atenta se o seu bebê chora muito, se mexe muito os seus bracinhos, se a sua
pele está vermelha, com manchas ou quente ou se tem os olhos vermelhos e
lacrimejando, e o tratamento também é ligeiramente diferente.
As
medicações sugeridas aqui são as comumente usadas, mas sempre use remédios prescritos
por seu médico ou pediatra de seu filho. Não se automedique.
Outro
alerta, muito importante, não use remédios que contém ácido acetil salicílico,
assim como nos casos de dengue, porque eles podem aumentar o risco de
hemorragias.
Não
há vacina contra o Zika vírus.
Complicações do Zika vírus
Apesar
de o Zika vírus ser mais fraco que a dengue, algumas complicações podem surgir.
Mulheres infectadas durante a gravidez com o vírus, podem desenvolver
microcefalia nos bebês. Outra
complicação pode ser a síndrome de Guillain-Barré.
Conhecendo um pouco da historia do Zika
O
vírus Zika foi encontrado pela primeira vez em 1947 em macacos, na floresta chamada
Zika em Uganda, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências
sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia,
Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia,
Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia
Francesa).
Nas
Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território
do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014.
O
Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano.
Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus
tenha se disseminado para o continente asiático.
Atualmente há registro de circulação
esporádica na África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa,
Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina
Faso) e Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja,
Índia, Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova
Caledônia/França e Ilhas Cook).
Casos importados de Zika vírus foram
descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália (12)
Adicionar Ilha de Páscoa.
O combate começa em casa
Para
combatermos o mosquito, a melhor forma é eliminando criadouros, onde o contato
entre mosquitos e água armazenada, proporciona que as fêmeas coloquem os ovos. Todos aqueles cuidados já tão falados no
combate ao dengue devem ser colocados em prática.
Combate ao Aedes
Aegypti
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O
uso de repelentes pode ser eficiente em muitos casos.
Roupas
que diminuam a exposição também pode ser um método utilizado.
Zika
vírus pode causar Microcefalia
O
Zika vírus durante a gravidez pode causar microcefalia. Foram encontrados vírus
do Zika no líquido amniótico que envolve o bebê durante a gravidez e também no
líquido cefalorraquidiano, presente no sistema nervoso central, dos bebês que
já nasceram e foram diagnosticados com microcefalia.
No
entanto, a relação entre o Zika vírus e a microcefalia não é totalmente
conhecida. A hipótese aceita é de que o vírus ao ser 'protegido' pelo sistema
imune possa atravessar a barreira placentária, chegando ao bebê.
Mas
não é por isso que todas as grávidas precisam se preocupar porque nem todas as
que tiveram Zika durante a gravidez terão bebês com microcefalia.
Fique atento aos sintomas. Combata os
locais aonde podem proliferar os mosquitos. Procure um medico em caso de
suspeita de Zika vírus.
Na próxima postagem vamos falar sobre a microcefalia.
Fonte de pesquisa: Ministério da Saúde.
Fonte de pesquisa: Ministério da Saúde.
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