Bairros da Cidade do Rio de
Janeiro
Você sabe a origem dos nomes dos bairros de nossa cidade? Não?
Então vamos explicar um por um.
Abolição
Provavelmente tem origem na antiga
alcunha da Rua da Abolição, 13 de maio, dia da abolição dos escravos no Brasil.
Acari
Proveniente do Rio Acari. Acari é
um tipo de peixe. Hoje chamada de Favela de Acari, a região é a junção do
Conjunto Amarelinho, construído no final dos anos 50 na beira da Avenida
Brasil, e mais quatro localidades: Parque (Proletário) Acari, Vila Rica de
Irajá, Coroado e Vila Esperança.
Água Santa
Água mineral jorrava de uma fonte
localizada nessa área. Ela era engarrafada e vendida na região.
Alto da Boa Vista
Por causa da linda paisagem que se
tinha das encostas do Maciço da Tijuca. No início era a serra, depois vieram as
plantações de café que desmataram os morros e alteraram a vazão de rios da
região. D. Pedro II determinou
em 1861 o reflorestamento de toda a área, feito pelo Major Archer.
Andaraí
Uma opção é que veio da expressão
indígena dos Tamoios, que habitavam a região, “Andirá-y Açu”, que significa
“Rio Grande dos Morcegos”. O “Rio dos Morcegos” hoje se chama Rio Joana, que
atravessa o bairro, dividindo as duas pistas da Rua Maxwell. Outra versão diz
que vem do Pico do Andaraí, cuja tradução do tupi para o português seria
“empinado para cima”.
Anil
No local, existiram arbustos
nativos cujos frutos eram o anil. Inicialmente, a região era ocupada por
engenhos. Depois vieram as fazendas onde se plantava café.
Bangu
Corruptela de “u bang ú” (a
barreira negra) ou “bang ú” (cercado por morros) na linguagem dos índios. Outra
possibilidade está relacionada à palavra africana bangüê, local do engenho onde
se guardava o bagaço da cana-de-açúcar. O termo ficou consagrado ainda, como
denominação de uma espécie de padiola feita de tiras de couro ou fibras
trançadas, usada para transportar cana-de-açúcar e outros materiais de forma
improvisada. Daí nasceu a expressão “fazer à bangu”, ou seja, sem cuidado, de
qualquer jeito.
Barra da Tijuca
Depósitos de aluvião formados nas
desembocaduras de rios e canais são o que se chama de barra. No caso do bairro,
o depósito é formado pelo encontro das águas do conjunto de lagoas da região
(entre as quais, a Lagoa da Tijuca) com o Oceano Atlântico, através do Canal da
Joatinga. Tijuca, por sua vez, significa “água podre” em tupi.
Barra de Guaratiba
Na cartografia do século 17, a área
já tinha esse nome, que vem do tupi e significa “sítio em que abundam as
garças”. O bairro se encontra na faixa entre manguezais e a Serra Geral de
Guaratiba.
Barros Filho
A família Costa Barros era proprietária dos latifúndios na
região. O pai passou toda a área para seu herdeiro, Barros Filho. Entre
os anos de 1892 e 1898 foi instalada a estação de trem que deu nome ao bairro
atravessado pela Avenida Brasil.
Benfica
Antigamente, os moradores chamavam
a região de Praia Pequena e Praia Grande devido às praias que existiam no
local. A partir de determinado momento, não se sabe ao certo quando, começaram
a chamar o local de Benfica. Estudiosos apostam na influência de moradores
portugueses, população em massa do local (existe em Lisboa, Portugal, uma
região que leva o mesmo nome).
Bento Ribeiro
Homenagem a Bento Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro, general e
prefeito do Rio de 1910 a 1914, no governo do Marechal Hermes da Fonseca.
Bonsucesso
Proveniente de D. Cecília Vieira de Bonsucesso, que, em 1754, reformou
a capela da região, cortada pelo Rio Faria.
Brás de Pina
Brás de Pina era, no século 18, o
proprietário da região que originou o bairro. Era, também, contratante da pesca
da baleia e mantinha um engenho de açúcar e aguardente.
Botafogo
Acabou sendo batizado em 1590,
quando Antônio Francisco Velho vendeu suas terras para um
amigo, João Pereira de Souza Botafogo. O sobrenome era dado em
Portugal aos especialistas em armas de fogo manuais.
Cachambi
Caxamby, de origem indígena,
significa feixo, laço que amarra o capim ou mato trançado. Suas terras eram
formadas por vastos capinzais, muito procurados para alimentar os animais, o
que valorizava o terreno.
Camorim
Derivado do tupi camury, que
significa “mata com muitos mosquitos”, o nome designa o bairro e sua principal
estrada de acesso. Toda essa região pertencia a Gonçalo
Correia de Sá, onde, em 1625, mandou levantar a capela de São
Gonçalo de Amarante, padroeiro do lugar, que existe até hoje.
Campinho
No cruzamento das atuais ruas
Intendente Magalhães e Ernani Cardoso com a Cândido Benício e a Domingos Lopes
havia um local em que os viajantes costumavam descansar, próximo a um pequeno
campo onde havia uma feira de gado – o campinho, como era chamado -, que acabou
dando nome ao lugar.
Campo dos Afonsos
A área era ocupada pelo Engenho dos
Afonsos, um vasto campo onde se produzia açúcar e se criava gado. Antes da 1ª
Guerra Mundial, o Campo dos Afonsos foi ocupado pela Aeronáutica Civil e
Militar e lá foi instalada a primeira escola de aviação do Rio de Janeiro, em
1913.
Campo Grande
As terras que iam do atual bairro
de Deodoro, passavam por Bangu e iam até Cosmos faziam parte das paragens
conhecidas como o “campo grande”.
Cascadura
A origem do nome do bairro tem três
versões: a primeira está ligada à inglesa Maria Graham, que
relatou, em 1824, um passeio à Fazenda Real de Santa Cruz, fazendo referência
ao local como “Casca D’Ouro”. A segunda remonta à dificuldade que os operários
tiveram para abrir, com picaretas, a pedreira na construção da estrada de ferro
– o conjunto de pedras ganhou o apelido de “casca dura”. A terceira, por fim,
diz respeito a um dos primeiros moradores da região, um comerciante bastante
difícil, fechado para negociações e doações.
Caju
As chácaras e sítios da região
tinham muitos cajueiros, daí o nome do bairro.
Catete
Significa, em tupi, “mato fechado”,
e correspondia a um braço do Rio Carioca que contornava o outeiro da Glória e
desembocava no mar.
Catumbi
A origem do bairro é um arraial às margens do Rio Catumbi (“água do mato escuro” ou “rio sombreado”) habitado por ricos proprietários de terras e escravos.
Cavalcanti
Com a construção da antiga Estrada
de Ferro Melhoramentos do Brasil, em 1892, foi implantada na região a estação
Cavalcanti, uma homenagem a Matias Cavalcanti,
encarregado do tráfego da Central.
Centro
Após a derrota imposta aos franceses
invasores em 1567, o núcleo original da Cidade de São Sebastião do Rio de
Janeiro foi transferido da Urca para o Morro do Castelo, um local mais
protegido dos ataques de estrangeiros e nativos hostis. Aos poucos, a população
começou a ocupar a planície localizada entre os morros do Castelo, de Santo
Antônio, de São Bento e da Conceição e a aterrar os pântanos e lagoas
existentes nesta área central, portanto centro da cidade. O Governador-geral Mem de Sá administrou o Rio até
junho de 1568, quando então nomeou seu sobrinho, Salvador Correia de Sá, capitão e governador. Começaram
aí, de fato, as atividades econômicas, sociais e o início do desenvolvimento
urbano carioca.
Cidade de Deus
Na década de 1960, o governador Carlos Lacerda implementou uma política
de remoção das favelas situadas na Zona Sul da cidade. Para isso, autorizou a
construção de um grande conjunto habitacional na baixada de Jacarepaguá. Surgiu
assim a Cidade de Deus. Desde o planejamento do conjunto, a ideia era usar
nomes bíblicos em logradouros. Sendo assim, suas ruas têm nomes de personagens
e cidades bíblicas, principalmente do Antigo Testamento.
Cidade Nova
Tem registros que remontam ao
período do reinado de D. João VI. Até o início do século XIX, a região era um
alagadiço que servia de rota de passagem entre o Centro e as zonas rurais da
Tijuca e São Cristóvão. Com os aterros feitos com a intenção de melhorar esta
travessia, surgiu o projeto de impulsionar o crescimento da cidade para a área,
daí o nome.
Coelho Neto
Originalmente, a região era
denominada Areal. A família Amaral era a principal proprietária das terras. Com
a implantação da Estrada de Ferro Rio D’Ouro, foi construída a estação do
Areal, que depois passou a se chamar Coelho Neto, uma homenagem a Henrique Maximiano Coelho Neto (1864-1934), famoso
escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras que ocupou a
cadeira número 2.
Colégio
Na região onde hoje está o bairro
havia apenas um professor público, José Teodoro Burlamaqui.
O seu colégio, de 1860, ficava no cruzamento das estradas da Pavuna e Barro
Vermelho, cuja continuação ganharia o nome de Estrada do Colégio.
Complexo do Alemão
A ocupação da Serra da Misericórdia
ocorreu no início do século 19 com Francisco José Ferreira Rego.
Seus herdeiros venderam as terras para Joaquim Leandro da Motta,
que dividiu a propriedade em grandes lotes. Um deles foi vendido para Leonard Kacsmarkiewiez, polonês refugiado da Primeira
Guerra Mundial que ficou conhecido pelo apelido de “Alemão”, nome depois dado
ao morro que lhe pertencia.
Copacabana
Significa mirante do azul, na
língua Inca Quichua. Também existe uma cidade boliviana nas margens do Lago
Titicaca com o nome de Copacabana. Originalmente, o nome do bairro era
Sacopenapã que era um areal deserto quando pescadores ergueram uma
capelinha no extremo sul da praia. Nela foi colocada a cópia de uma imagem de
Nossa Senhora de Copacabana, trazida por mercadores de prata bolivianos. A
igreja foi destruída para dar lugar ao Forte de Copacabana.
Cordovil
No século 17, as terras pertenciam
a Bartolomeu de Siqueira Cordovil. O Engenho dos Cordovil
possuía extensos canaviais que se espalhavam pela planície em direção a Irajá..
Cosme Velho
É uma homenagem ao comerciante
português Cosme Velho Pereira que, no
século XVI, habitava a parte mais alta do vale do Carioca. Na parte mais baixa
do vale havia grande número de laranjeiras, também originando o nome do bairro
vizinho, “Laranjeiras”.
Cosmos
Nas terras que pertenceram ao
Engenho da Paciência, a Companhia Imobiliária Cosmos construiu um grande
loteamento, a Vila Igaratá. Quando foi implantado o ramal ferroviário de
Mangaratiba, uma área foi cedida para a construção da Estação Cosmos,
inaugurada em 1928, que deu nome ao bairro.
Costa Barros
A região abrigava as fazendas da
família Costa Barros, daí o nome do bairro.
Curicica
Corruptela de ya-cury-ycica, “a
árvore que baba”, da família das palmáceas, o nome designou também a antiga
Estrada de Jacarepaguá que dava acesso à baixada fronteiriça ao Morro Dois
Irmãos e limitada pela Estrada de Guaratiba (atual Bandeirantes).
Del Castilho
Com a construção da Estrada de
Ferro Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar) em 1892, foi implantada
na região a estação Del Castilho, em homenagem a um engenheiro amigo de Paulo de Frontin.
Deodoro
A região era ocupada pelo Engenho
Sapopemba (raiz achatada e trançada), fundado por Gaspar da Costa em 1612, e pela fazenda do Gericinó, na
extensa baixada do Maciço do Gericinó. Com a chegada da Estrada de Ferro
Central do Brasil, foi inaugurada, em 1859, a estação Sapopemba que, depois da
instauração da República, passou a se chamar Deodoro em homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca. Ela se tornou uma das
maiores do subúrbio.
Encantado
Segundo a tradição local, a origem
do nome está relacionada ao rio que corria em suas redondezas, o Rio Faria.
Dizia-se que suas águas encantadas tragavam tudo que nelas caíssem, até uma
carroça com condutor, cargas e burro.
Engenheiro Leal
Este pequeno bairro situado no sopé
do morro do Dendê era terra do Engenho da Portela, da família Cardoso Quintão. Sua origem é a implantação da Estrada
de Ferro Melhoramentos do Brasil, depois chamada de Linha Auxiliar, em 1892.
Nela, foi instalada a Estação Engenheiro Leal, companheiro de Paulo de Frontin e Magno de
Carvalho, no início do século 20.
Engenho da Rainha
As terras pertenciam inicialmente
ao Engenho da Pedra ou de Bonsucesso, e se expandiam desde a orla da Baía de
Guanabara até Inhaúma. A rainha Dona Carlota Joaquina,
esposa de Dom João VI, comprou uma quarta
parte do engenho onde havia uma casa de 15 quartos, próxima à atual Rua Dona
Luísa. Por isso o nome do bairro.
Engenho de Dentro
O nome surgiu de um engenho de
açúcar existente no local, que pertencia ao mestre de campos João Árias de Aguirre, no século XVIII. A
abertura da Estrada de Ferro Dom Pedro II, depois Central do Brasil, trouxe ao
bairro grandes oficinas ferroviárias, consideradas as mais importantes da
América Latina em 1881. A estação do Engenho de Dentro foi inaugurada em 1873
e, mais tarde, foi demolida. Em 1937, foi construída a atual.
Engenho Novo
O nome tem origem no Engenho Novo
dos Jesuítas, construído em 1707.
Estácio
A região era um matagal onde se
refugiavam os porcos dos matadouros próximos, daí seu antigo nome de
Mata-Porcos. Quando foi se firmando como bairro, com a chegada de cada vez mais
moradores, a área passou a se chamar Estácio em homenagem ao fundador da
Cidade, Estácio de Sá.
Flamengo
Uma homenagem ao navegador
flamengo, na verdade holandês, Olivier Van Noort,
também conhecido como LeBlond. Há outras duas versões, que vem dos prisioneiros
holandeses da região, ou os flamengos. Ou mesmo relacionado aos flamingos que
frequentavam a região na época.
Gamboa
A alcunha deste bairro, que tinha
uma das mais antigas praias do litoral carioca urbano, está ligada às gamboas
ou camboas, pequenas represas feitas pelos pescadores locais para prender os
peixes que entravam nas águas calmas entre a Praia da Saúde e o Saco do
Alferes.
Gardênia Azul
O bairro fica nas terras do antigo
Engenho D’Água de Jacarepaguá, fundado pelo filho do Barão da Taquara, o médico e vereador Francisco Pinto da Fonseca. Na década de 1960, foi
implantado o loteamento que deu nome ao bairro, com acesso pelas estradas do Capão
(atual Avenida Tenente Coronel Muniz de Aragão) e do Engenho D’Água.
Gávea
Devido à vista privilegiada da
Pedra da Gávea (embora esta se localize em São Conrado, outro bairro), que por
sua vez foi assim batizada por ter em seu topo uma formação rochosa semelhante
à gávea dos navios.
Gericinó
Corruptela de Iarí-Airy (“em cima,
no alto”) e Cin-ó (“liso e fechado”), ou seja, “morro liso e fechado”, Gericinó
levou o nome do morro homônimo de 889 metros de altura na divisa com o
município de Mesquita. O novo bairro foi desmembrado de Bangu oficialmente em
2004.
Glória
O bairro deve seu nome à Igreja de
Nossa Senhora da Glória do Outeiro, uma das primeiras construídas na cidade no
século XVIII, em torno da qual se consolidou o povoamento da região.
Grajaú
Foi dada em homenagem a cidade de
Grajaú, terra natal do engenheiro que projetou, em 1920, o bairro, Antônio Eugênio Richard Júnior, no interior do
Maranhão. Várias ruas do bairro têm nome de cidades e rios maranhenses. Richard
vem a ser avô de Sergio Castro, empresário do ramo
imobiliário e fundador da Sergio Castro Imóveis,
logo Richard é bisavô do atual diretor da empresa, Claudio Castro.
Grumari
Do indígena “curu” (seixos, pedras
soltas) e “mari” (que produz água), também designa uma árvore encontrada nas
encostas da região. Cercada pelas serras do Grumari, de Guaratiba e de Piabas,
é a última área natural e preservada do litoral carioca, incluindo a praia do
Grumari, a vegetação de restinga e as praias selvagens acessíveis por trilhas.
Guadalupe
O nome do bairro foi uma sugestão
de Dona Darcy Vargas, esposa do presidente Getúlio Vargas, em homenagem à padroeira da América
Latina, Nossa Senhora de Guadalupe.
Higienópolis
Originalmente, a área era ocupada
por uma fazenda com lavouras. Foi, mais tarde, convertida pela família Darke de Matos, proprietária do Café Globo, no
bairro “Cidade Jardim Higienópolis”. O projeto é de 1934, durante a gestão do
prefeito Pedro Ernesto.
Honório Gurgel
Com a inauguração da Estrada de
Ferro Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar), em 1892, a região passou
a abrigar a Estação de Munguengue. Mais tarde, ela teve o nome alterado para
Honório Gurgel em homenagem ao Tenente Honório Gurgel do Amaral, vereador cujo pai
possuía uma fazenda em Irajá.
Humaitá
Seu nome provém da batalha do
Humaitá, travada na Guerra do Paraguai. Os índios chamavam a região de Itaóca,
devido à gruta que existia naquela área.
Inhaúma
Vem de “i” (água) e “n-hdú” (lodo,
lama, barro), ou seja, “água suja”. Designava a extensa planície entre a Baía
de Guanabara, a Serra da Misericórdia, e os morros dos Urubus e Juramento.
Originalmente existia na região uma aldeia de índios tamoios.
Inhoaíba
O nome é uma corruptela de “nhu”
(campo), “ahyba” (ruim), denominação dada pelos indígenas à baixada entre a
serra de mesmo nome e Campo Grande. Com a implantação do ramal ferroviário de
Mangaratiba, atual ramal de Santa Cruz, foi inaugurada em 1912 a estação
Engenheiro Trindade, depois chamada de Inhoaíba. Ficou assim consolidado o nome
do bairro. Porém, há quem diga que venha de “Terras do
Senhor Aníbal”. Como se falava Nhô Anibal, pegou, foi indo até chegar ao
Inhoaíba.
Itanhagá
Este nome tem origem na grande
pedra situada à beira da Lagoa da Tijuca: Ita (pedra) e Anhangá
(fantasmagórica), ou ”pedra que fala”. Os ventos produziam sons que apavoravam
os indígenas.
Ipanema
Significa “águas perigosas” em
tupi. Mas o nome não se refere ao bairro e sim a um rio paulista, em Iperó. O
bairro recebeu esse em homenagem ao primeiro Barão e Conde de Ipanema (não por acaso nome de uma rua em Copacabana), por seu filho
o 2º Barão de Ipanema, o Comendador José Antônio Moreira
Filho, que adquiriu um dos dois lotes da antiga Fazenda Copacabana. Em 1883 o Barão de Ipanema criou o
Loteamento Villa Ipanema, tendo como sócio Antônio José Silva e
o autor do projeto, o engenheiro Luís Raphael Vieira Souto,
no que viria a ser Ipanema.
Irajá
A origem deste nome tem duas
versões. Na primeira, Irajá significa “o mel brota”, nome dado pelos índios
Muduriás que habitavam a região. Na segunda, o nome viria de “Aribo” (rio que
brota do alto do morro e cai abaixo), referindo-se ao Rio Irajá, que nasce no
Morro do Juramento e deságua na Baía de Guanabara..
Jacaré
É uma corruptela de “yacaré”
(torto, sinuoso), em alusão às voltas que o Rio Jacaré dá.
Jacarepaguá
Deriva-se de três palavras da
língua Tupi-Guarani: YACARE (jacaré), UPÁ (lagoa) e GUÁ (baixa) – A “Baixa
lagoa dos jacarés”. Na época da colonização, as lagoas da baixada de
Jacarepaguá eram repletas de jacarés.
Jacarezinho
Na região do atual bairro Jacaré existia uma chácara entre o rio e
a antiga fábrica Cruzeiro (depois substituída pela General Eletric), ocupada
por casebres. Os moradores eram considerados invasores e, a partir da década de
1920, a população foi aumentando devido à instalação de indústrias na região e
na Avenida Suburbana (atual Dom Helder Câmara). Com as migrações dos anos 50, a
área sofreu adensamento considerável, com consequente valorização da terra, o
que levou um de seus donos à justiça para remover os moradores. A população
residente reagiu e conseguiu permanecer no local fazendo com que as terras
fossem restituídas ao governo. Em 1980, foram realizadas obras de
infraestrutura na comunidade (ou favela) do Jacarezinho. Seis anos depois, foi
criada a XXVIII Região
Jardim América
Originou-se no Projeto de
Arruamento e Loteamento Proletário denominado “Jardim América” em terreno
situado à Rodovia Presidente Dutra. O loteamento, de 1957, resultou em 39
logradouros, 2782 lotes residenciais, 124 comerciais e 90 industriais
atravessados pelo Rio dos Cachorros e pela faixa das linhas de transmissão
elétrica da Light.
Ilha do Governador
Habitada pelos índios Temiminós,
que a abandonaram em consequência dos ataques de inimigos Tamoios e traficantes
franceses de pau-brasil, os quais foram definitivamente expulsos em 1567, pelos
portugueses foi doada a 5 de setembro desse ano por Mem de Sá a seu sobrinho Salvador Correia de Sá (o Velho), futuro
governador (daí o nome do bairro) da capitania. Ele se instalou na ilha em
posição privilegiada, na elevação acima da atual Praia do Engenho Velho, de
onde tinha o controle da Baía de Guanabara.
Jardim Botânico
Leva esse nome por ser a
localização do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, fundado por Dom João VI.
Jardim Sulacap
Tem como origem o projeto de
arruamento e loteamento feito em 1951 pela Cia Sul América Capitalização S.A.
(daí o nome), junto à estrada Intendente Magalhães e ao Campo dos Afonsos. O
bairro é predominantemente residencial e sua população é formada, em sua
maioria, por famílias de militares.
Joá
A denominação do bairro é
originária do nome de um antigo morador, o francês Laurence Anchois, cujo sobrenome era pronunciado
“Chuá”. Outra versão diz respeito ao morro da região, o Joatinga, que vem de
yuá-tinga e significa “limoso, esbranquiçado”
Lagoa
A região tem como referencial
histórico e atual a Lagoa de Sacopenapã,
nome dado pelos índios Tupinambás, que significava “local ou caminho dos
socós”, aves pernaltas comuns nessas paragens. Também a denominavam de Capopenipem, local de raízes chatas do fundo lamacento
da lagoa.
Laranjeiras
Na época do Rio Colonial, havia
sítios e chácaras com muitas laranjeiras nesta região, o que acabou dando nome
ao bairro.
Largo do Pechincha
Recebeu o nome devido ao comércio
tradicional e forte, onde funcionava um grande mercado, frequentado por pessoas
de todas as partes da cidade que barganhavam na hora de comprar as mercadorias.
Então, quando se queria comprar alguma coisa, as pessoas diziam que iam
pechinchar no largo.
Leblon
O nome teve sua origem numa chácara
pertencente ao holandês Charles Le Blon que
existia no local em meados do Século XIX e passou a ser chamado de Campo do Leblon. Em 1845 virou uma fazenda de gado.
Leme
Por causa da Pedra do Leme,
contornada pelas praias da Urca e Botafogo e cujo formato, visto de cima, se
assemelha ao do leme de um navio.
Lins de Vasconcelos
O Médico-Major Modesto Benjamim
Lins de Vasconcelos possuía propriedade no alto da Estrada da
Serra do Matheus, que depois levou o nome de sua tradicional família, Lins de Vasconcelos.
Madureira
O nome do bairro vem de Lourenço Madureira, que, no século 19, era lavrador e
criador de gado em terras da antiga Fazenda do Campinho, existente desde o
início do século 17.
Magalhães Bastos
Originalmente, o local era
conhecido como Fazenda das Mangueiras e, depois, Vila São José. Com a
inauguração do ramal ferroviário de Mangaratiba, em 1878, foi implantada a
estação Coronel Magalhães Bastos em homenagem a Antonio Leite de Magalhães
Bastos Filho, comandante do primeiro batalhão de engenharia, que deu
nome ao bairro.
Mangueira
As terras pertenciam ao Visconde de Niterói e ficavam juntas ao Morro do
Telégrafo, assim chamado pela inauguração, em 1852, do primeiro telégrafo aéreo
do Brasil, próximo à Quinta da Boa Vista. Ali foi instalada a Fábrica de Fernando Fraga, que produzia chapéus e passou a ser
conhecida como Fábrica das Mangueiras pela intensa produção de mangas na
região. A indústria acabou adotando o nome de Fábrica de Chapéus Mangueira. A
Central do Brasil aproveitou a popularização da alcunha e batizou de Mangueira
a estação de trem inaugurada em 1889.
Manguinhos
Como o próprio nome diz, tratava-se
de uma grande região alagadiça, repleta de mangues, situada entre o Caju, a
Praia Pequena de Benfica e as terras do Engenho da Pedra, prolongamento do
antigo Saco de Inhaúma, na Baía de Guanabara. Incluía a ilha do Pinheiro e a
ilha do Bom Jardim.
Maracanã
Vem do tupi maraka’nã, que
significa papagaio. Provavelmente o rio homônimo recebeu este nome por ter suas
cercanias habitadas por uma ou mais espécies destes pássaros.
Maré
Toda a região era constituída por
pântanos e manguezais junto à orla da Baía de Guanabara. O termo “maré” tem
origem no fenômeno natural que afligia os moradores das palafitas da região a
partir da década de 1940.
Marechal Hermes
Fundado em 1913, o bairro foi o
primeiro no Brasil implantado como uma vila proletária e planejado para ser
estritamente residencial, com direito à infraestrutura de serviços públicos.
Foi idealizado pelo então presidente Marechal Hermes da
Fonseca para suprir a carência de moradias populares.
Maria da Graça
Na região ficava a Fazenda Maria da
Graça, da família Cardoso Martins. Foi
adquirida, mais tarde, pela Companhia Imobiliária Nacional que, em 1934, fez o
arruamento e loteamento do bairro.
Méier
As terras abrigavam, no início do
século 19, a extensa Quinta dos Duques, de José Paulo da Mata Duque
Estrada e Dulce de Castro Azambuja. A filha do casal, Jerônima Duque Estrada, casou-se com o guarda-roupas do
Paço, o Comendador Miguel João Meyer, descendente de alemães. O
primogênito dos nove filhos, Augusto Duque Estrada Meyer,
se destacou como acompanhante do Imperador Dom Pedro II, recebendo
o título de Camarista e extensas terras abrangendo desde a Estrada Grande
(atual Dias da Cruz) até a Serra dos Pretos Forros. O Camarista Meyer abriu
várias ruas em suas propriedades, dando a elas nomes de seus familiares,
como Carolina Meyer, Frederico Meyer e Joaquim
Meyer. Formava-se o atual bairro do Méier, versão aportuguesada do
sobrenome.
Olaria
Em 1820, Francisco José Pereira Rego comprou terras entre o
Caminho da Matriz (Itararé) e o Morro da Penha. Ali, a família Rego viria a
instalar várias olarias para atender a vizinhança, aproveitando o terreno de
barro vermelho. Outras fábricas de tijolos surgiram fazendo com que o local
ficasse conhecido como “região das olarias”.
Oswaldo Cruz
Com a implantação da Estrada de
Ferro Dom Pedro II, depois Central do Brasil, foi fundada na região, em 1898, a
Estação Rio das Pedras. Mais tarde, o nome mudou para Oswaldo Cruz em homenagem
ao grande médico sanitarista que erradicou a febre amarela no Rio de Janeiro e
implantou o Instituto em Manguinhos.
Paciência
Deve seu nome ao Engenho da
Paciência, de João Francisco da Silva, a mais
antiga e importante fazenda de cana existente no Brasil. Ficava na Estrada Real
de Santa Cruz, onde, no início do século 19, se hospedavam príncipes e nobres
nas excursões à Fazenda Real.
Padre Miguel
O nome homenageia o Padre e Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochon,
espanhol de Andaluzia e vigário de Realengo. Nascido em 1879, Padre Miguel foi
o reformador da Igreja Nossa Senhora da Conceição e o criador da primeira
Escola Regular da Região, estendendo suas viagens de catequização aos engenhos
de Nossa Senhora da Conceição da Pavuna e do Botafogo. Além de incentivar o
teatro amador, foi o segundo personagem da cidade a exibir filmes de curta
duração – sua casa paroquial se transformou em sala de projeção e cinema de
referência local.
Parada de Lucas
O nome se refere a José Lucas de Almeida, um próspero agricultor que
morreu aos 94 anos de idade. Quando da implantação da Estrada de Ferro
Leopoldina (antiga Estrada de Ferro Norte), José Lucas doou parte de suas
terras para uma parada de trens que, em 1949, tornou-se a estação Parada de
Lucas.
Parque Anchieta
Parque Anchieta é um desmembramento
do bairro de Anchieta que tem como origem loteamento de 1969 compreendendo 1639
lotes, 27 ruas e quatro praças.
Parque Colúmbia
Em 1956 surgiu um Projeto de
Arruamento e Loteamento Misto, Proletário e Industrial, a 229 metros da rodovia
Presidente Dutra, entre o Rio Acari e a Rua Embaú, resultando em sete ruas. O
projeto foi implantado na propriedade da empresa Ferrometais Colombo Comércio e
Indústria S.A., daí o nome Parque Colúmbia.
Paquetá
A ilha foi descoberta em 1556 por
André Thevet, cartógrafo de Villegagnon, durante a invasão francesa ao Rio de
Janeiro. Nome dado pelos Tamoios, Paquetá vem de “Pac” (paca) e “eta” (muitas),
significando “lugar de muitas pacas”. Outros dizem que pode significar muitas
conchas, ou muitas pedras. Mas escritos de André Thevet narra a abundância
na ilha do animal Pacarana, parente próximo da paca.
Vem do indígena “pabuna” ou
“ypabuna”, que significa lugar ou região escura, sombria. A palavra deu nome ao
bairro e ao rio de 14 quilômetros de curso que separa o Rio dos municípios da
Baixada Fluminense. No século 16, os franceses registraram aldeias de índios
Tupis em seus mapas, e uma delas, a aldeia de Upabuna, estaria às margens do
referido rio.
Pedra de Guaratiba
Em indígena, significa “abundância de guarás”, aves aquáticas pernaltas. A Freguesia de Guaratiba foi criada em 1755, por iniciativa de Dom José de Barros Alarcão, com terras desmembradas da Freguesia de Irajá.
Penha
Em homenagem à Nossa Senhora da
Penha, por causa de uma lenda de um viajante francês que percorria o Brasil e
estava em São Paulo. Uma noite pernoitou lá pelos lados de onde hoje é o
bairro. Amarrada ao cavalo estava uma imagem de Nossa Senhora. Ele acordou no
outro dia e pôs-se a caminho. Léguas mais tarde deu pela falta da santa, voltou
e encontrou a imagem no mesmo lugar onde estava dormindo. Colocou-a de volta no
alforje e partiu. Horas depois o viajante descobre que a Nossa Senhora não está
mais com ele. Volta novamente, e lá está ela, no mesmo lugar. Aí chegou à
conclusão que a santa escolhera aquele lugar para ficar. Assim o francês
construiu ali uma capela. Já a história oficial diz que a primeira capela
em louvor a Nossa Senhora da Penha foi erguida em Vila Velha, antiga capitania
do Espírito Santo, entre 1558 e 1570. A segunda surgiu no Rio de Janeiro após a
fundação da Fazenda de Nossa Senhora da Ajuda, propriedade do capitão português Baltazar de Abreu Cardoso. Por volta
do ano de 1635, o Capitão Baltazar, ao ser atacado por uma cobra, pediu auxílio
a Nossa Senhora da Penha. Agradecido por ter se livrado do perigo, construiu
uma pequena capela no alto de suas terras, onde colocou uma imagem da santa.
Pessoas que viam a pequena capela à distância logo passaram a subir a grande
pedra para rezar e agradecer.
Penha Circular
As origens do bairro coincidem com
a história do bairro da Penha. Seu nome vem da existência, no início da década
de 1930, de uma linha circular destinada a permitir o retorno dos trens de
subúrbios. A linha circular da Penha foi desativada na década de 40, sendo
construída a estação de Penha Circular, que deu nome ao bairro.
Piedade
O nome do bairro era “Terra dos
Gambás” (por existirem gambás aos montes) e os moradores se reuniram e
escreveram uma cartinha para o diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil,
no fim do século 19, quem teria escrito foi a esposa de Assis Carneiro, leiloeiro e dono de chácara. O texto
era o seguinte: “Por piedade, doutor, troque o nome da nossa estaçãozinha”. O
apelo acabou dando certo. “O diretor respondeu: “Perfeitamente, minha senhora,
ela se chamará Piedade”.
Pilares
Em 1873, as fazendas da região pertenciam
a Francisca Carolina de Mendonça Zieze e a seu
genro Gaspar Augusto Nascente Zieze. Eles doaram o terreno no
qual a Irmandade de São Benedito dos Pilares levantaria a sua capela,
remodelada mais tarde pelo Padre José Corrêa.
Mas o nome Pilares tem duas versões: viria da Venda dos Pilares, devido aos
adornos de pedra destacados na edificação, ou do largo do bairro, uma das
paradas da Estrada Real de Santa Cruz (depois Avenida Suburbana e, hoje,
Avenida Dom Hélder Câmara), onde havia pequenos pilares que serviam para
amarrar cavalos, rodeando uma fonte d’água...
Praça da Bandeira
Em 1853, exatamente no local onde
hoje está a praça, foi construído o antigo Matadouro da Cidade. Evoluiu em
volta dele o Largo do Matadouro, que se tornou o centro de gravidade para o
adensamento das cercanias. A região foi urbanizada no início do século 20, após
transferência do Matadouro, em 1881, para Santa Cruz. A construção da Avenida
Radial Oeste (atual Oswaldo Aranha) e do Trevo das Forças Armadas alterou a
área nas décadas de 60/70, assim como a abertura do metrô. A antiga Estação
Lauro Müller da Supervia passou a se chamar Praça da Bandeira.
Praça Seca
O general Salvador Correia de Sá
e Benevides (1601-1688) lutou contra os holandeses em Angola,
defendendo os interesses portugueses. Foi governador do Rio de Janeiro por três
períodos (1637-1642, 1648-1649 e 1659-1660), levando desenvolvimento à região.
Faleceu em Lisboa em 1688, deixando suas terras para o filho, Martim Correia de Sá e Benevides, que se tornou o primeiro Visconde de Asseca e Alcaide-Mór do Rio de
Janeiro. Dessa linhagem nobre dos Assecas, o quarto Visconde (1698-1777) foi o
responsável pelos primeiros vestígios de povoamento mais efetivos em torno da
Praça Seca (corruptela de Praça Asseca, ou Praç’Asseca).
Quintino Bocaiúva
A abertura da Estrada de Ferro Dom
Pedro II, depois Central do Brasil, deu ao local a Estação Cupertino (dono de
grande pedreira fornecedora para construções na cidade), inaugurada em 1o de
maio de 1876. O nome foi mudado em 1912 para Quintino Bocaiúva em
homenagem ao parlamentar, jornalista e comandante civil da Proclamação da
República, que morou numa chácara nas proximidades.
Ramos
Dona Leonor Mascarenhas de
Oliveira deixou, em meados do século 19, treze lotes da Fazenda de
Nossa Senhora de Bonsucesso para serem divididos entre parentes e amigos. João Torquato de Oliveira herdou a casa e a
fazenda-sede, região dos atuais núcleos de Bonsucesso e Ramos. Em 1870, sua
viúva, Francisca Hayden, vendeu ao Capitão Luiz José Fonseca
Ramos terras que abrangiam o Sítio dos Bambus, onde Ramos
começou a prosperar. O bairro surgiu por obra dos descendentes do Capitão
Ramos, quando os trilhos da Estrada de Ferro do Norte (Leopoldina) chegaram à
área, onde foi construída a Parada de Ramos.
Realengo
O nome teria como origem o termo
Campos Realengos, usado para nomear os campos de serventia pública que eram
utilizados, principalmente, para a pastagem do gado por parte dos que não
possuíam terra própria. Há uma versão, mais lendária, que diz que significa
‘Real Engenho’, que abreviado lia-se ‘Real Engo. ’
Recreio dos Bandeirantes
As terras pertenciam ao Banco de
Crédito Móvel, que as loteou em duas glebas. Joseph Weslley Finch comprou,
nos anos 20, umas delas e costumava promover visitas de fim de semana para
interessados na compra de seus lotes. Muitos paulistas adquiriram terrenos à
beira-mar e construíram casas de veraneio. Por isso, a gleba de Finch passou a
ser conhecida como Recreio dos Bandeirantes, e foi registrada como Jardim
Recreio dos Bandeirantes. Mais tarde, todo o bairro passou a ter o mesmo nome.
Riachuelo
Surgiu nas terras da antiga fazenda
do Engenho Novo, desmembrada em chácaras e, depois, ocupadas por loteamentos. A
Estação Ferroviária, de 1869, se chamava Riachuelo do Rio em homenagem a uma
batalha naval.
Ricardo de Albuquerque
A estação de Ricardo de
Albuquerque, inaugurada em 1913, deve seu nome a José Ricardo de Albuquerque, antigo diretor da ferrovia
e poeta.
Rio Comprido
É uma referência ao longo Rio
Iguaçu, que cruzava a região conhecida como Catumbi Pequeno (compreende
atualmente o Rio Comprido e parte do Estácio). A área abrigou o Quartel General
do Exército na época de Dom João VI, se tornando um bairro agradável para os
ingleses, que nele habitavam em casas próprias ou propriedades cercadas de
amplos quintais. A chácara mais famosa foi a do Bispo Frei Antonio do
Desterro, erguida no século 17, também conhecida como Casa do Bispo,
que serviu de residência episcopal até 1873, quando ali se instalou o Seminário
São José. O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico.
Rocha
A estação de trem inaugurada em
1885 e extinta em 1960 recebeu o nome de um guarda-cancela da ferrovia, que
também batizou o bairro.
Rocha Miranda
As terras pertenciam à Fazenda do
Sapê, cujo proprietário, no século 19, era o Barão de Mesquita.
Em 1916, a fazenda seria adquirida pela família Rocha
Miranda, que promoveu o loteamento da região com a abertura de
várias ruas com nomes de pedras preciosas: dos Topázios, das Esmeraldas, dos
Rubis, dos Diamantes, Ametistas, Ônix, Turquesas etc.
Rocinha
Sitiantes passaram a ocupar as
terras da antiga fazenda Quebra-Cangalha por volta de 1930. Elas foram
divididas em pequenas chácaras em que cultivavam hortaliças vendidas na feira
do Largo das Três Vendas (atual Praça Santos Dumont, na Gávea). Os comerciantes
diziam para os fregueses que seus produtos vinham de suas “rocinhas” no Alto da
Gávea e, a partir daí, o nome Rocinha se popularizou.
Sampaio
A estação de trem homônima da
região é uma homenagem ao Coronel Sampaio,
Patrono da Infantaria.
Santa Cruz
A terra foi a princípio doada
a Cristovão Monteiro, depois passou a pertencer a
Companhia de Jesus, os jesuítas que colocaram uma grande cruz de madeira,
pintada de preto, encaixada em uma base de pedra sustentada por um pilar de
granito. Mais tarde, já durante o Império, o cruzeiro seria substituído por
outro de dimensões menores. E, atualmente existe uma cruz no mesmo local, mas
não é o cruzeiro histórico, e sim uma réplica que foi erigida durante o comando
do então Coronel Carlos Patrício Freitas Pereira. O cruzeiro deu
nome à Santa Cruz. A poderosa fazenda de Santa Cruz, um imenso latifúndio, se
tornou a mais desenvolvida da Capitania, com milhares de escravos, cabeças de
gado e variados tipos de cultivo.
Santa Teresa
Antigamente, o bairro se chamava
Morro do Desterro, com acesso pela atual Ladeira de Santa Teresa, onde foi
construída a capelinha de Nossa Senhora do Desterro, em 1629. Depois, em 1750,
o Governador Gomes Freire de Andrade construiu o
Convento de Santa Teresa para abrigar a ordem de religiosas.
Santo Cristo
Em 1879, o bairro teve grande parte
aterrada pela Empresa de Melhoramentos do Brasil. As Ilhas dos Melões e das
Moças, localizadas no antigo Saco do Alferes próximas à atual Rodoviária Novo
Rio, foram extintas para a construção do Cais do Porto, no início do século 20.
Esses aterros deram origem ao atual bairro de Santo Cristo, cuja Igreja de
Santo Cristo dos Milagres, erguida em 1872, localiza-se no atual Largo de Santo
Cristo, antigo Largo do Gambá.
Santíssimo
Nesta localidade ficava o Engenho
do Lameirão, de Manuel Suzano, com sua capela de
Nossa Senhora da Conceição do Lameirão, o templo mais importante das
redondezas. Em 1750, a capela teve permissão para manter em sacrário o
Santíssimo Sacramento e, para isso, foi criada uma irmandade. Este
acontecimento passou a designar de Santíssimo toda a região situada entre Bangu
e Campo Grande, batizando o atual bairro.
São Clemente
Por causa de um grande proprietário
de terrenos naquela parte da cidade, o Sr. Clemente de Matos, muito devoto do
santo do qual havia herdado o nome.
São Conrado
No início do século 20, o
Comendador Conrado Jacob Niemeyer possuía grande fazenda na região e nela ergueu
uma pequena igreja, em 1916, em devoção a São Conrado.
São Cristóvão
O nome se deve à igrejinha dedicada
ao santo erguida pela Companhia de Jesus junto à praia habitada apenas por
alguns pescadores. Com a expulsão dos jesuítas em 1759 e a chegada da Família
Real em1808, a região antes destinada à agricultura e à pecuária foi retalhada
e dividida em chácaras, então adquiridas por ricos comerciantes.
São Francisco Xavier
O bairro é um dos menores do Rio.
As terras pertenciam ao Engenho Novo dos Jesuítas, construído a partir de 1707.
Daí o nome em homenagem a um santo.
Saúde
Recebeu este nome por origem de uma
promessa religiosa a Nossa Senhora da Saúde, que salvou a esposa de um rico
comerciante português, Manuel Negreiros,
que ergueu em 1742 a Capela de Nossa Senhora da Saúde, sobre um morro rochoso
de frente ao mar. No século 17, seus trechos eram conhecidos como Valongo e
Valonguinho.
Senador Camará
O trem chegou à região por
intermédio do ramal de Mangaratiba, sendo inaugurada a estação Senador Camará
em 1923, uma homenagem a Otacílio de Carvalho Camará,
gaúcho, deputado pelo Distrito Federal (1915) e senador em 1919.
Senador Vasconcelos
Pela região passou a antiga estrada
Rio-São Paulo, onde foi instalada, em 1914, a Estação Senador Augusto Vasconcelos. Trata-se de uma homenagem
a um senador federal que também deu nome ao bairro.
Sepetiba
Em tupi, significa sítio dos sapês.
A região já foi coberta de florestas.
Tanque
É o antigo local onde os viajantes
paravam para descansar e dar água aos animais em um grande reservatório ali
existente (por isso o nome Tanque). Mais tarde, serviu para matar a sede dos
animais que puxavam os bondes no trajeto até o Largo da Taquara.
Taquara
É uma espécie de bambu abundante na
região, utilizado em cercas e na fabricação de cestos.
Tijuca
O nome Tijuca, de origem indígena,
significa água podre, charco ou brejo. Referia-se às lagoas da atual Barra,
depois passou para as montanhas, floresta e vertente oposta, correspondendo à
antiga região do Andaraí Pequeno que, entre os séculos 19 e 20, transformou-se
no atual bairro da Tijuca. Na década de 70, parte do Andaraí Grande foi
incorporada a ele.
Todos os Santos
Era inicialmente um prolongamento
do Méier. A Estação Ferroviária de Todos os Santos (daí o nome), inaugurada em
1868, foi extinta no final da década de 1960.
Tomás Coelho
Servido pelos trens da antiga
Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (mais tarde Linha Auxiliar), a região
ganhou a Estação Tomás Coelho. O nome é uma homenagem ao Conselheiro Thomaz Coelho, Ministro da Guerra no
Segundo Reinado que instalou o Colégio Militar na Tijuca, em 1889.
Turiaçu
Corruptela de “tury” ou “tory”
(facho) e “açú”, (grande, extenso), significa “fogaréu” ou ainda “fogaréu feito
de sapê”. Na região, atravessada pela Estrada do Otaviano, ficava o Engenho do
Vira-Mundo, último grande fabricante de rapadura e cachaça depois da decadência
do Engenho de Portela.
Urca
Há lendas sobre o nome, tem quem
diga que era o nome do navio do holandês Olivier Van Noort,
o LeBlond. Outras que é por causa do morro rochoso que
lembra um tipo de embarcação antiga usada pelos holandeses para transporte de
carga.
Vargem Grande
As terras pertenciam à sesmaria de Gonçalo Correia de Sá. Sua filha, Dona Vitória de Sá, as doaria mais tarde aos Monges
Beneditinos. Ali, Frei Lourenço da Expectação Valadares criou,
no século 18, a fazenda Vargem Grande, cujas ruínas ainda existem no Sítio
Petra, número 10636 da atual Estrada dos Bandeirantes.
Vargem Pequena
A região era parte da enorme
sesmaria de Gonçalo Correia de Sá e foi dada em 1628,
como dote, a Dom Luiz de Céspedes (governador
geral do Paraguai), marido de sua filha, Dona Vitória de Sá.
Com a morte dela, em 1667, a propriedade seria deixada para os Monges
Beneditinos, que dividiram o Engenho do Camorim da família, criando a fazenda
de Vargem Pequena.
Vasco da Gama
Em 1998, ano do centenário do Clube
de Regatas Vasco da Gama, um projeto transformou a área onde fica a sede /
estádio do clube e suas adjacências, incluindo a Comunidade Barreira do Vasco,
no bairro Vasco da Gama.
Vaz Lobo
Grandes chácaras onde se cultivava
café, aipim e batata doce, entre os morros do Sapê e da Serrinha, ocupavam a
área. Uma delas, a do Capitão-Tenente José Maria Vaz
Lobo, no cruzamento com a Estrada de Irajá (atual Avenida Monsenhor
Félix), deu nome ao bairro.
Vicente de Carvalho
O nome do bairro se refere a um
fazendeiro local, Vicente de Carvalho, que batizaria
também a estrada e a estação da Estrada de Ferro Rio D’ Ouro, implantada na
segunda metade do século 19.
Vidigal
O major de milícias e intendente da
polícia Miguel Nunes Vidigal, de grande influência no
Primeiro Império, recebeu dos monges beneditinos, em 1820, extensas terras que
iam das encostas da Pedra Dois Irmãos até o mar, onde construiu a Chácara do
Vidigal. Em 1886, seus herdeiros venderam a propriedade ao engenheiro João Dantas.
Vigário Geral
Nas terras pantanosas da região
havia a Fazenda Nossa Senhora das Graças, que abrigava o Engenho do Vigário
Geral, também conhecido como Engenho Velho. O tal vigário geral seria o Cônego Dr. Luiz Borges da Silva Oliveira, dono do
Engenho Nossa Senhora das Graças na segunda metade do século 18. No entanto,
existem fontes citando o monsenhor Félix de Albuquerque ou
o Padre Dr. Clemente de Matos, ambos donos do Engenho de
Irajá, como o “Vigário Geral” que deu nome ao bairro.
Vila Cosmos
A Companhia Urbanizadora
Imobiliária Kosmos (daí o nome), que algumas vezes é grafado assim com K,
construiu o loteamento Vila Florença, implantado em 1930 nas terras de Guilherme Guinle. Atualmente, é um bairro
essencialmente residencial, atravessado pela Avenida Meriti.
Vila da Penha
O Projeto de Arruamento e
Loteamento da Vila Penha, de propriedade da Empresa Industrial de Melhoramentos
do Brasil, elaborado em 1927/1930 e alterado em 1936, consolidou a urbanização
do bairro.
Vila Militar
No início do século 20, os
batalhões e regimentos da cidade se concentravam próximos ao Centro, em São
Cristóvão, no Campo de Santana, no antigo Arsenal de Guerra (atual Museu
Histórico), na Fortaleza de São João e na Praia Vermelha. O Marechal Hermes da Fonseca resolveu então
transferi-los para uma nova vila militar na zona suburbana, que pudesse se
interligar com as unidades de Realengo. No governo Afonso Pena, as fazendas e engenhos da região entre
Deodoro e os limites com a Baixada Fluminense começaram a ser desapropriados.
Vila Isabel
Todas as terras do bairro eram da
Fazenda do Macaco, limitada pelo Rio Joana, pelo Caminho do Cabuçu (atual Rua
Barão do Bom Retiro) e pela Serra do Engenho Novo. Dom Pedro I a presenteou à Imperatriz D. Amélia de Beauharnais, Duquesa de
Bragança, sendo frequentes os passeios do casal no local. Com a volta de Dom
Pedro a Portugal, a fazenda ficou abandonada, sendo atingida pela epidemia de
cólera em meados do século 19. Em 1872, o Barão João Batista de Viana Drummond (mais conhecido por ter inventado o jogo do bicho)
comprou a fazenda e montou a Companhia Arquitetônica de Villa Izabel, em
homenagem à Princesa Isabel, para a promoção de
loteamento. Assim, em 1873, nascia o primeiro bairro planejado da cidade.
Vila Valqueire
No passado, o bairro era ocupado
pelo Engenho Valqueire. A origem do nome se deve ao proprietário das terras em
meados do século 18, Antonio Fernandes Valqueire. A
sede do engenho ainda existe, em ruínas. Sua mais antiga construção é a Igreja
São Roque, próxima à Rua Quiririm. Dizia a lenda que o engenho tinha este nome
porque era um terreno que media 5 alqueires. Como a placa fazia a indicação com
algarismos romanos, V Alqueire virou Valqueire.
Vista Alegre
O projeto imobiliário com o nome de
Jardim Vista Alegre (1954) levou à construção de 400 casas na região. Em sua
periferia existiam chácaras com hortas, verduras, fazendolas e um grande
pântano, repleto de rãs, onde foi construído o chamado Bairrinho. Vista Alegre
é um dos menores bairros da cidade.
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