Levando em conta minha paixão
pela cultura árabe, não poderia deixar de ser fã de Gibran Khalil Gibran. Já li
e reli várias obras deste que considero ser o maior poeta da língua árabe.
Semana
passada li, pela terceira vez O Profeta, a obra mais importante e conhecida de
Gibran.
O Profeta começa com a chegada do navio que deveria
reconduzir Al Mustafá à sua terra natal. Do alto do monte ele o vê por entre as
brumas e a sua imensa alegria se mistura à grande tristeza de deixar a cidade
de Orphalese. E quando entrou na cidade o povo inteiro o recebeu chamando o seu
nome em altas vozes, passando de boca em boca, que vira o seu navio no mar. E
os anciãos lhe pediram, não nos deixes ainda... Al Mustafá se dirige à praça do
mercado, e todos um a um vão lhe pedindo para ficar. E pediram-lhe para os
ensinar ainda e ele começou dizendo: Povo de Orphalese, o que poderia lhes
falar senão do que está agora movendo dentro de vossas almas?
E assim vai descortinando a beleza das idéias sobre os
filhos, a dádiva, a religião, o prazer, o amor, o trabalho e muito mais. Em O
Profeta cada idéia se revestindo de uma imagem transforma-se em parábola,
envolvendo o livro numa atmosfera de enlevo e encantamento, marcada pela
melodia das frases.
Khalil Gibran nos convida a nos tornarmos pessoas
verdadeiras, dignos de sermos chamados servos do Altíssimo! Ele coloca a
própria alma sensível nessa obra, fazendo o reencontro do homem com o que ele
tem de melhor em si mesmo.
Gibran Khalil Gibran, Khalil Gibran, ou
simplesmente Gibran, nasceu a 6 de dezembro de 1883,
em Bicharre, aldeia da região montanhosa do norte libanês.
Khalil Gibran morreu no dia 10 de abril de 1931,
no Hospital São Vicente, em Nova Iorque, agonizando entre gemidos confusos,
dentro de uma crise pulmonar que o deixara totalmente inconsciente. Tinha
quarenta e sete anos de idade. Seu corpo, levado para Boston, fica sepultado
provisoriamente no cemitério de Forest Hills.
Em 21 de agosto de 1931 seus
restos mortais são levados para Beirute, rumando depois, numa impressionante
procissão, até Bicharre. No alto da montanha, Gibran é sepultado no antigo
convento escavado na rocha de Mar Sarkis, onde ele imaginou viver seus últimos
dias meditando.
Sobre o túmulo onde descansa, uma
simples inscrição: “Aqui, entre nós, dorme Gibran”.
Resolvi criar uma página para colocar O
PROFETA, para quem quiser poder ler ou copiar e colar em seu computador.
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