Mosquito da dengue. Cuidado com ele. Ele pode matar.

Mosquito da dengue. Cuidado com ele. Ele pode matar.

O mosquito da dengue.


Conheça este inimigo


         Aedes aegypti, esse é o verdadeiro nome desse mosquito que ficou conhecido como mosquito da dengue, pelos estragos que a doença tem feito em nosso país.
         
          Dizem que chegou às Américas nos navios que traziam escravos da África.
         Menor que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti, ou mosquito da dengue, como queiram, é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. Suas asas são transparentes e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
         
         O macho alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são colocados separadamente nas paredes internas de objetos, próximos a água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.
         Mesmo quando a água seca, os ovos não morrem e eclodirão ao primeiro contato com a água. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
         O mosquito da dengue é um mosquito urbano, embora já tenha sido encontrado na zona rural, talvez tenha sido levado para lá em recipientes que continham ovos ou larvas.
         
         Uma vez infectada e isso pode ocorrer numa única inseminação, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de pelo menos parte de suas descendentes já nascerem portadoras do vírus.
         As fêmeas preferem o sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado. Em geral, escolhem pés e tornozelos porque voam baixo. Atacam de manhãzinha ou ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada. Tanto as fêmeas quanto os machos abrigam-se dentro das casas ou nos terrenos ao redor.
         Vamos falar um pouco sobre as doenças que o mosquito da dengue pode transmitir.
FEBRE AMARELA
         Doença viral de curta duração, provoca febre e, nos casos graves, complicações hepáticas e renais que podem ser fatais.
        Há dois tipos diferentes de febre amarela: a urbana e a silvestre. Ambas apresentam praticamente os mesmos sintomas e são transmitidas pela picada do mosquito da dengue.
         A forma urbana, praticamente erradicada do Brasil, é transmitida pelo Aedes aegypti que se infectou com o vírus ao picar uma pessoa portadora da doença.


         A forma silvestre é transmitida pelo mosquito Haemagogus, que adquiriu o vírus de um macaco infectado e transmitiu-o ao homem.
         Na verdade, é uma doença de animais que ataca o homem.   No Brasil, ainda ocorre em algumas regiões.
         Para a prevenção da febre amarela, existem vacinas.
DENGUE
A dengue pode ser dividida em três grupos principais:
1) Dengue clássica
a) Nos adultos
         Primeiro sintoma é a febre alta (39° a 40°) associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos e vermelhidão no corpo, que pode ser acompanhado de prurido.
         Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de astenia durante algumas semanas.
b) Nas crianças

         Geralmente começa febre alta acompanhada de sintomas inespecíficos: apatia, sonolência, falta de apetite, vômitos e diarreia. O vermelhão no corpo pode aparecer ou não..
         Nos menores de 2 anos, as dores podem manifestar-se por choro intermitente, irritabilidade, apatia e recusa de líquidos, o que pode agravar a desidratação.
Atenção: É no final do período febril que eventualmente surgem manifestações hemorrágicas: sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas), além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos profusos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
Nas crianças, também as formas graves se manifestam depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder. Nos menores de 5 anos, o início da doença pode ser frustro, passar despercebido, e o quadro grave instalar-se como primeira manifestação reconhecível.
2) Febre hemorrágica da dengue (FHD)
         As manifestações iniciais são as mesmas da forma clássica, até que ocorra remissão da febre, entre o terceiro e o sétimo dia, quando aparecem as manifestações hemorrágicas (espontâneas ou provocadas), o hemograma mostra que as plaquetas caem para menos de 100 mil/milímetro cúbico e a pressão arterial pode baixar.
3) Dengue com complicações
         É todo caso que não se enquadra nas duas formas anteriores, dado o potencial de risco evidenciado por uma das seguintes complicações: alterações neurológicas, sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva, derrame pleural, hemograma com glóbulos brancos abaixo de 1.000 e/ou plaquetas abaixo de 50 mil.
         As manifestações neurológicas incluem: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença.
Os seguintes sinais de alerta indicam a possibilidade de quadros graves:
Dores abdominais fortes e contínuas, Vômitos persistentes, Tonturas ao levantar (hipotensão postural), Diferença entre as pressões máxima e mínima menor do que 2 cm Hg (por exemplo: 9 por 7,5 ou 10 por 8,5), Fígado e baço dolorosos, Vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, Extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, Pulso rápido e fino, Agitação e/ou letargia, Diminuição do volume urinário, Diminuição súbita da temperatura do corpo, Desconforto respiratório.
         A dengue pode evoluir rapidamente de uma forma para outra. Assim, num quadro de dengue clássica, em dois ou três dias podem surgir sangramentos e sinais de alerta sugestivos de maior gravidade.
         No caso de suspeita de dengue, deve se procurar um atendimento médico. O exame de contagem de plaqueta ira confirmar a existência da doença. Deve-se evitar a automedicação. Alguns remédios podem provocar hemorragia.

Tratamento
         Não existe tratamento específico para combater o vírus. Sua função é combater a desidratação e aliviar os sintomas.
Hidratação oral, muito importante durante o período da doença.
Para combater a febre alta e as dores pode ser usado : Dipirona ou Paracetamol.
Mas muita Atenção
         Jamais use medicamentos que contenham o ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc), pois podem causar sangramentos. Anti-inflamatórios estão contraindicados por causa do potencial hemorrágico;
         Outra dica : Não comer alimentos que eliminem pigmentos avermelhados na urina e nas fezes (beterraba, açaí, etc.) que possam ser confundidos com sangramento.
 CHICUNGUNHA
Como se não bastasse a dengue, agora temos um novo vírus chamado chicungunha, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue.
         Em 2013 houve um surto de febre chicugunha no Caribe na America Central e que chegou a América do Sul .
         Oito meses mais tarde, a Organização Mundial da Saúde confirmava um total de 576 mil casos nas Américas.
         No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 337 casos em 2014, passando para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre Oiapoque (330 casos), no Amapá, Feira de Santana (371 casos) e Riachão do Jacuípe (82 casos), na Bahia.
         A febre se espalha rápido devido a falta de imunidade da população, e a distribuição pelo nosso já conhecido mosquito da dengue.
         Ao contrário da dengue, onde o numero de pessoas que não tem sintomas é pelo menos três ou quatro vezes maior do que as que apresentam algum sintoma, a infecção pelo chicungunha causa sintomas em 72% a 95% das pessoas picadas pelo mosquito infectado.
         Depois de um período de incubação de três a sete dias, surgem: febre alta (acima de 39ºC) repentina, dor de cabeça, dores musculares, conjuntivite, náuseas, vômitos e vermelhidão pelo corpo. Mas, o que predomina são as dores articulares, debilitantes, que atingem diversas juntas, especialmente as das mãos e pés.
         O quadro evolui para a cura em sete a dez dias. Mortes são muito raras, restritos aos mais velhos, debilitados por doenças como diabetes, enfisema, insuficiência cardíaca e outras.
O diagnóstico é confirmado por exames de sangue.
          Não existem medicamentos específicos para atacar o vírus. O tratamento é paliativo: repouso, hidratação oral ou intravenosa, analgésicos e antipiréticos.
         O problema maior com o chicungunha são as dores articulares, que não se limitam apenas à fase aguda; podem persistir por meses ou anos. Estima-se que um ano mais tarde, de 20% a 50% dos infectados ainda sentirão dores fortes, incapacitantes.
ZIKA
        E a coisa se complica ainda mais. O Ministério da Saúde investiga um novo vírus no Brasil, com origem na África e na Ásia e que, assim como o da dengue, é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, ou mosquito da dengue.
         Os casos suspeitos do Zika Vírus sob análise foram notificados em seis estados do Nordeste. A nova doença tem sintomas semelhantes aos da própria dengue e também da febre Chikungunya.
         Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmaram ter encontrado o vírus em amostras de sangue de doentes da cidade de Camaçari, na Bahia. A análise foi feita após pacientes apresentarem manchas e dores no corpo, sem a presença de febre. 
         O Ministério da Saúde está fazendo novos testes. A confirmação da circulação do Zika no Brasil ocorrerá somente após o laudo dos centros de referência. O ministério não informou quando o resultado ficará pronto nem quantas amostras estão sendo estudadas. 
Principais sintomas:
         Febre baixa; olhos vermelhos (sem secreção e sem coceira); dores nas articulações, músculos e cabeça; e manchas na pele com pontos brancos ou vermelhos. Os sinais duram até uma semana mas, segundo o ministério, a maior parte dos casos não apresenta sintomas e não há registro de morte associada.
         Pelo menos seis estados do Nordeste já registraram casos suspeitos. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio, não há evidência de casos suspeitos no estado.
         Uma hipótese para a chegada do vírus é a presença no Brasil de pessoas que tenham vindo do exterior. Ao contrário da dengue, o Zika não possui subtipos. “O quadro clínico é brando na maioria das vezes, o que pode acabar confundindo-o com o de qualquer doença infectocontagiosa. Se a pessoa for infectada, assim como na dengue, ela fica imune à doença”.

COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE
        Já vimos que o mosquito da dengue é um dos piores inimigos que temos. A prevenção é a melhor forma de combate.
         Algumas medidas podem ser tomadas.



Como combater

         Mosquito da dengue, vamos caçar este cara.

Pedro Ganem


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